Campos de ação para o voluntariado
Listamos aqui
outras possibilidades de voluntariado que você deve encontrar na sua cidade ou
que têm ganhado força nos últimos anos.
1. Cuidado de pessoas idosa
O Brasil tem
sentido um grande crescimento da população idosa, nos últimos anos, e a
tendência é que esse quadro aumente ainda mais nas próximas décadas. Além de
casas de repouso, muitas vezes mantidas por instituições religiosas, a
assistência aos idosos é feita pelo poder públicos em espaços como os Centros
de Referência em Assistência Social (Cras) das cidades.
O trabalho pode
envolver vários aspectos, desde tarefas mais simples, como acompanhar essas
pessoas em passeios em praças e parques da cidade, até o auxílio na higiene
pessoal e na organização do espaço doméstico. Às vezes, uma simples conversa
com os idosos de uma casa de repouso é suficiente para encher uma vida de
alegria.
2. Contador de histórias
Aliás, além dos
idosos, várias outras pessoas em situação de dificuldade, em hospitais e
orfanatos, por exemplo, podem querer que você se aproxime para ouvirem a sua
voz. Vários projetos trabalham recrutando voluntários para a contação de
histórias. Você pode levar livros ou, se for bom no assunto, contar o seu
próprio “causo”.
3. Empoderamento feminino
Dar voz e força
para as mulheres, que ainda sofrem grandes desigualdades no acesso ao mercado
de trabalho, por exemplo, é algo de extrema relevância no mundo contemporâneo.
Redes de mulheres que dão suporte umas às outras têm proliferado nas grandes
cidades e é possível encontra-las numa rápida pesquisa no seu Facebook.
Muitos coletivos
feministas têm trabalhado no suporte à autonomia de mulheres pobres, negras e
de periferia, em atividades como suporte ao desenvolvimento educacional (com o
auxílio nos estudos para entrada na universidade, por exemplo), ou no
desenvolvimento de negócios que contribuam para a independência financeira.
4. Combate à violência contra a
mulher
Também com relação
às questões de gênero, muitos grupos e instituições têm trabalhado no auxílio
às mulheres vítimas de violência – na maior parte das vezes física, e cometida
no ambiente doméstico.
As atividades
envolvem trabalho de comunicação (mostrar para a sociedade que a violência
doméstica existe e não pode ser tolerada), a sensibilização das vítimas para
procura de suporte psicológico e de saúde, e o acolhimento dessas mulheres. No
âmbito jurídico, trabalha-se para a responsabilização dos agressores.
Dessa forma, este é
um campo que precisa do suporte de estudantes, que por exemplo, atuam nas áreas
de comunicação, psicologia, saúde, serviço social e direito.
5. Proteção ambiental
A questão ambiental
é talvez a bandeira mais significativa a ganhar espaço no debate público
mundial nos últimos cem anos, já que envolve a continuidade da vida do planeta
e dos seres humanos que nele habitam – ou seja, de todos nós. Há vários
trabalhos sendo feito para a proteção ambiental e não é preciso ir até à
Amazônia para encontra-los.
Eles envolvem desde
o recolhimento adequado dos resíduos sólidos nas cidades, dando suporte, por
exemplo, à coleta seletiva ou a separação do lixo reciclável por catadores de
papel, passando pelo cuidado na manutenção de áreas verdes, e recuperação (com
limpeza e plantio de mudas) de matas ciliares de córregos.
O trabalho também
pode contar com ações de proteção aos animais, como acolhimento de cães e gatos
vítimas de maus tratos ou abandonados pelos donos.
6. Leve animais para passear
Por falar em
animais, muita gente, devido à rotina de trabalho pesado, não tem tempo de
levar os seus animais para passear. Você pode se voluntariar, no seu
condomínio, por exemplo, para levar os cachorros dos vizinhos para tomar um ar
na rua algumas vezes por semana. Chame amigos, monte uma escala para se
revezarem e faça a vida dos pets da redondeza mais completa!
7. Populações em áreas de risco
social
Várias ONGs e
entidades sociais promovem ações de suporte às populações que vivem em área de
risco social, seja pelos grandes índices de violência, seja pela pobreza. A
atuação envolve desde a realização de oficinas lúdicas com crianças e
adolescentes, passado pela realização de debates sobre a violência e pela
promoção de cursos de formação educacional e profissionalizante.
8. Suporte educacional
Como já citado,
aliás, o suporte educacional a pessoas que pretendem entrar nas universidades
tem ganhado cada vez mais destaque. Várias entidades oferecem cursinhos
preparatórios para o Enem a baixo custo ou de forma gratuita. Você pode
contribuir, dado aulas de temáticas na qual tem mais afinidade – português,
matemática, física, química, línguas.
E o fato de você
ser jovem e ter passado pela experiência de entrar numa faculdade ou universidade
é um grande diferencial para criar proximidade de mostrar para os seus alunos
que é possível chegar lá!
Além disso, é
possível trabalhar com reforço de conteúdo em escolas públicas, em atividade
extra turno. Procure a diretora ou um professor conhecido da escola do seu
bairro, converse para saber quais são as demandas dos alunos e proponha, junto
com amigos, aulas em dois ou três dias da semana!
9. Pessoas dependentes químicas
Um grave problema
social que acomete todas as classes sociais é a dependência química. O suporte
para a recuperação exige acompanhamento técnico rigoroso, mas espaços de
tratamento, muitas vezes, precisam de pessoas para trabalhos em áreas de
recepção, na coleta de alimentos e roupas para o tratamento dos dependentes.
10. Auxílio à população de rua
Moradores de rua
estão dentro do conjunto mais vulnerável da população, afinal de contas, não
tem um teto para proteção e muitas vezes foram parar ali por problemas com a
família, devido à dependência química ou ao consumo de álcool.
Muitos simplesmente
não tiveram oportunidades na vida ou são vítimas de distúrbios psiquiátricos.
Vários grupos atuam no suporte a essa parcela da população, seja ofertando
alimento nas noites de frio, seja oferendo suporte para que os moradores
encontrem um emprego, se reconciliem com a família ou encontrem um novo lar.
11. Construção de moradias
Por falar em falta
de lar, projetos interessantes, como o Teto, em São Paulo, têm atuado na
construção de moradias populares a baixo custo, em zonas de periferia. São
feitos mutirões para a arrecadação de material de construção e também para a
construção das unidades habitacionais. Muitas vezes, os mutirões ocorrem nos
finais de semana, o que facilita a vida de quem trabalha e estuda o dia
inteiro.
12. Prática esportiva
Seu campo de
formação é a Educação Física ou a Fisioterapia? Com certeza você já pensou em
dar oficinas de ginástica, aulas de futebol, vôlei ou atletismo? Atividades
físicas são fundamentais para o desenvolvimento pleno do ser humano, para a
prevenção de doenças, bem-estar e melhoria da qualidade de vida em geral.
Procure escolinhas,
associações comunitárias e monte suas turmas! Pode ser naquele campinho de
terra abandonado na várzea do rio do seu bairro. Vai fazer a alegria da
criançada e dos adultos também.
Regulamentação: a lei do trabalho
voluntário
Lembre-se, que,
caso você vá trabalhar com alguma organização, você atuará protegido por lei e
dentro de uma regulamentação específica, a lei do trabalho voluntário.
Desde 1998 o Brasil
conta com uma lei que regulamenta a atividade do voluntário. Além de não ser
remunerado, a lei informa que o trabalho voluntário pode ter objetivos
“cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência
social”. Ainda de acordo com a legislação, o voluntariado não é enquadrado como
vínculo de emprego, tampouco deve possuir natureza previdenciária.
A lei determina que
um termo de adesão entre o voluntário e a entidade que coordena as ações de
voluntariado, quando existente, celebrem um termo de parceria antes do início
das atividades. Não há órgãos que regulamentem o trabalho voluntário no país,
por isso é preciso que haja bom senso, quando uma outra instituição coordena as
atividades.
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